Gazeta Lodz - Secretária de Segurança dos EUA visita prisão de El Salvador com deportados venezuelanos

Após chegar a El Salvador, primeira etapa da sua viagem pela América Latina, Kristi dirigiu-se ao Centro de Confinamento do Terrorismo (Cecot), para onde foram levados neste mês 238 venezuelanos, como parte de uma colaboração do presidente de El Salvador, Nayib Bukele, com Trump.

Kristi visitou os presos, que estavam em suas celas, na maior prisão da América Latina. "Se você comete um crime, esta é uma consequência que pode enfrentar", disse a funcionária, em frente a uma cela onde vários detentos, aparentemente salvadorenhos, tinham o corpo coberto de tatuagens.

Após a visita, Kristi publicou no X: "O presidente Trump e eu temos uma mensagem clara para os imigrantes ilegais criminosos: VÃO EMBORA AGORA. Se você não for, vamos caçá-lo, prendê-lo, e você pode parar nesta prisão salvadorenha."

Washington afirmou que os venezuelanos são membros do grupo criminoso Tren de Aragua, e invocou uma lei de 1798 para deportá-los, mas suas famílias e o governo de Caracas afirmam que se trata apenas de imigrantes sem documentos.

O ministro da Justiça e Segurança de El Salvador, Gustavo Villatoro, acompanhou Kristi em sua visita à prisão, que fica em uma área rural de Tecoluca. Após deixar o local, a secretária seguiu para uma conversa com o presidente salvadorenho sobre como "aumentar o número de voos de deportação e a expulsão de criminosos violentos", antecipou a funcionária.

Depois de El Salvador, Kristi visitará a Colômbia e o México. Antes de iniciar sua viagem, ela havia dito que resolver as deportações de venezuelanos para El Salvador enviou "ao mundo a mensagem de que os Estados Unidos já não são um refúgio seguro para os criminosos violentos".

Organizações de defesa dos direitos humanos apoiam a versão de que os venezuelanos enviados para El Salvador não são criminosos.

Uma corte de apelações dos Estados Unidos rejeitou hoje uma tentativa da Casa Branca de revogar uma ordem judicial que proibiu a deportação de imigrantes em situação irregular no contexto da lei de 1798, usada até agora apenas em tempos de guerra.

Além dos venezuelanos, foram deportados 23 salvadorenhos suspeitos de pertencer a grupos criminosos, que também estão no Cecot.

L.Sobczak--GL