
Israel anuncia que ativista Greta Thunberg deixou o país e retorna para Suécia

Israel anunciou nesta terça-feira (10) que a ativista Greta Thunberg deixou o país e está em um avião com destino à Suécia, com uma escala na França, após ter sido detida ao lado de outros militantes pró-Palestina a bordo de um barco com ajuda humanitária para Gaza.
O veleiro "Madleen", no qual viajavam 12 ativistas de várias nacionalidades (França, Alemanha, Brasil, Turquia, Suécia, Espanha e Países Baixos), zarpou da Itália em 1º de junho com o objetivo de entregar ajuda à Faixa de Gaza, cenário de uma situação humanitária catastrófica após mais de um ano e meio de guerra entre Israel e o grupo islamista palestino Hamas.
A Marinha israelense interceptou o barco na manhã de segunda-feira, 185 km ao oeste da costa de Gaza.
A embarcação foi fretada pela Coalizão da Flotilha da Liberdade (FFC, na sigla em inglês), um movimento internacional não violento de solidariedade com os palestinos, criado em 2010, que combina ajuda humanitária e protesto político contra o bloqueio de Gaza.
Os passageiros do barco foram transferidos nesta terça-feira para o aeroporto Ben Gurion, perto de Tel Aviv, para serem repatriados, informou o Ministério das Relações Exteriores de Israel.
A ambientalista Greta Thunberg viaja em um voo com destino ao seu país natal, Suécia, com escala na França, anunciou o ministério na rede social X, uma mensagem que inclui uma foto da ativista sentada em um avião.
"Aqueles que se recusarem a assinar os documentos de expulsão e a abandonar Israel serão levados a uma autoridade judicial, de acordo com a legislação israelense, para que autorize sua expulsão", acrescentou o ministério, informando que os ativistas tiveram contato com os cônsules de seus respectivos países no aeroporto.
O governo israelense acusou "Greta Thunberg e os outros de terem tentado encenar uma provocação midiática com a única intenção de fazer propaganda".
Israel enfrenta uma crescente pressão internacional para acabar com a guerra em Gaza, onde a população é bombardeada diariamente e está à beira da fome devido às restrições impostas, segundo a ONU.
R.Kozlowski--GL