Cazaquistão adere aos Acordos de Abraão, enquanto EUA promove paz no Oriente Médio
O Cazaquistão anunciou nesta quinta-feira (6) sua adesão aos Acordos de Abraão, um movimento sobretudo simbólico, para promover os esforços dos Estados Unidos para alcançar a paz no Oriente Médio.
O anúncio acontece no momento em que o presidente Donald Trump recebe na Casa Branca seu colega cazaque e líderes de outras quatro repúblicas da Ásia Central: Uzbequistão, Tajiquistão, Turcomenistão e Quirguistão.
Em seu primeiro mandato, Trump promoveu a normalização das relações entre Israel e os países árabes, uma iniciativa que consolidou em 2020 com os Acordos de Abraão, aos quais se somaram os Emirados Árabes Unidos e o Bahrein.
O Cazaquistão mantém relações com Israel desde 1992. No ano anterior, havia conquistado sua independência da União Soviética.
Nos termos dos Acordos de Abraão, Emirados Árabes, Bahrein e Marrocos normalizaram suas relações com Israel em 2020. Desde então, nenhum outro país havia se somado à iniciativa do presidente americano.
O governo do Cazaquistão destacou hoje que a adesão ao acordo "representa uma continuação natural e lógica do curso" de sua política externa.
Já a Arábia Saudita chegou a conversar com os Estados Unidos para dar esse passo, mas Riade interrompeu o processo após o início do conflito mais recente na Faixa de Gaza.
Após a chegada dos líderes à Casa Branca, Trump publicou na plataforma Truth Social que ele, o colega cazaque Kassym-Jomart Tokayev e o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, haviam participado de "uma chamada excelente".
O acordo sobre a Faixa de Gaza mediado pelos Estados Unidos está em vigor desde o mês passado, mas se mostra frágil. Israel acusa o Hamas de atrasar a devolução dos corpos de reféns.
O negociador Steve Witkoff disse hoje que tinha esperança em manter o acordo, e destacou que as partes trabalhavam para "estabelecer um processo de desmantelamento das armas" em poder do Hamas.
W.Mroz--GL